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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Coréia do Norte: 1º Lugar na Lista de Perseguição




1- DADOS ESTATÍSTICOS DA NAÇÃO

A) ORIGEM

A história da Coreia do Norte começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. Formaram-se dois países divididos que reclamavam o direito sobre toda a península, cada um proclamando ser o legítimo representante do povo coreano. A paz se mantinha fragilmente e em 25 de junho de 1950 a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro. Em 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.
Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje. A Coreia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial, mas a partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer. Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer. Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.

B) LOCALIZAÇÃO

A Coreia forma uma península que se estende cerca de 1 100 km a partir do continente asiático. Para oeste é ladeada pelo mar Amarelo (a que os coreanos chamam mar Oriental) e pela baía da Coreia, e para o leste é banhada pelo Mar do Leste(mar do Japão). A península termina no estreito da Coreia, e no mar da China Meridional (a que os coreanos chamam mar do Sul), no sul. A parte norte da península, incluindo a Coreia do Norte, tem um terreno composto principalmente por colinas e montanhas, separadas por vales profundos e estreitos, a norte e a leste, e planícies costeiras principalmente a oeste. O ponto mais elevado da Coreia é o Paektu-san, com 2 744 m. Os rios principais são o Tumen e o Yalu, que desenha a fronteira norte com a Manchúria chinesa.
O clima é relativamente temperado, com a precipitação mais forte no verão, durante uma curta estação chuvosa chamada jangma, e invernos que podem ser por vezes muito frios. A capital e maior cidade da Coreia do Norte é Pyongyang, e as outras cidades importantes são Kaesong no sul, Sinuiju no noroeste, Wonsan e Hamhung no leste e Chongjin no norte.

C) ECONOMIA

A Coreia do Norte tem uma economia planificada de estilo soviético. As relações económicas com o exterior são mínimas e o país recebe ajuda alimentar da ONU. Relatos de melhoras económicas estão associadas às novas alianças estratégicas e a incrementação das transações com a China. Actualmente, 80% da energia e 20% dos alimentos são procedentes da China. As principais actividades são a indústria pesada e a agricultura. Contudo, após o fim da URSS, e depois de consecutivas más colheitas, a economia parou de crescer.

D) CULTURA

A cultura contemporânea da Coreia do Norte é baseada na cultura tradicional da Coreia, mas desenvolvida desde o estabelecimento da Coreia do Norte em 1948. Os coreanos são aptos a desenvolver uma cultura única, enquanto adotam e influenciam culturas vizinhas por 3.000 anos.
A população da Coreia do Norte é uma das populações mais homogéneas do mundo, étnica e linguisticamente, incluindo apenas pequenas comunidades chinesas e japonesas. A língua coreana não faz parte de nenhuma família linguística maior, embora se investiguem possíveis ligações ao japonês e às línguas altaicas. O sistema de escrita coreano, chamado Hangul, foi inventado no século XV pelo rei Sejong, o Grande para substituir o sistema de caracteres chineses, conhecidos na Coreia como Hanja, que já não estão em uso oficial no Norte. A Coreia do Norte continua a usar a romanização McCune-Reischauer do coreano, contrastando com o Sul que reviu a romanização no ano 2000.
A Coreia tem uma herança budista e confucionista, com comunidades cristãs e do Chondogyo tradicional (a "Via Celeste"). Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, era o centro de actividade cristã antes da Guerra da Coreia.

E) PROBLEMAS GOVERNAMENTAIS


Atualmente, a Coreia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong-Il. Em setembro de 2008, Kim Jong-Il não compareceu a um importante desfile militar. Surgiram boatos de que ele estaria enfermo, e especulou-se sobre quem seria seu sucessor. No entanto, o presidente reapareceu em público, reafirmando seu poderio. O dirigente comunista norte-coreano Kim Jong-Il foi eleito por unanimidade para o Parlamento na eleição de 8 de março de 2009. Ele teve 100% dos votos.
O país tem sido profundamente marcado por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il-Sung, pai de Kim Jong-Il, à posição de deus.
O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il-Sung e a seu filho Kim Jong-Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social. Mais da metade da força de trabalho (64%) atua na indústria e serviços.
Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coreia do Norte a uma sequência de períodos de escassez de alimento iniciada em 1996.


F) PROBLEMAS SÓCIO-CULTURAIS


Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong Il. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.
A economia norte-coreana é pobre e o trabalhador ganha em média apenas US$ 900 por ano. Mais da metade (64%) da força de trabalho atua na indústria e serviços. Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação. Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coréia do Norte a uma seqüência de períodos de escassez de alimento.
As enchentes que ocorreram no verão de 2006, seguidas pelo tempo seco do outono, iniciaram o 13º ciclo de fome. Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população. Mas, apesar disso, a população continua mal nutrida - 36% dela é subnutrida. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus solda dos. O próprio presidente Kim Jong Il disse,
certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva. Quase 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo.

2- HISTÓRICO DA ATUAÇÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA FACE ÀS BARREIRAS ENCONTRADAS.
Vivendo em meio a um regime ditatorial, que comanda o país há cerca de 60 anos, a maioria dos jovens da Coréia do Norte nunca ouviu as palavras "Deus" ou "Jesus Cristo". A impressionante informação explica-se pelo fato de que qualquer tipo de religião é proibida pelo regime de governo daquele país asiático. A população é forçada a adorar, como deuses, a personalidade do presidente do país, Kim Jong II, e de seu falecido pai, Kim Il-Sung. Os que não prestam o "culto personalista" são perseguidos freqüentemente de forma brutal e violenta. Além disso, qualquer pessoa que se ocupar de atividade missionária, seja qual for o tipo, receberá tratamento semelhante. Tanto que a Coréia do Norte aparece no topo de um ranking mundial, elaborado pela Portas Abertas Internacional, uma agência missionária interdenominacional, de países considerados mais fechados à pregação do Evangelho.
Em 2005, a Comissão Norte-Americana sobre Liberdade Religiosa Internacional reportou que "não há praticamente nenhuma liberdade individual na Coréia do Norte e nenhuma proteção aos direitos humanos universais". Depois da Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi dividida em dois países, com o Norte sob as regras comunistas e o Sul sob influência do oeste. Muitas famílias foram divididas. Antes da instalação do Regime Comunista em 1945, a Coréia do Norte era um centro de reavivamento cristão; Pyongyang, a capital do país, já foi conhecida como "a Jerusalém do leste".
No entanto, todos os cidadãos que nasceram depois de 1945 não desfrutaram mais da liberdade que havia antes. Pelo contrário: o Regime Comunista reprimiu fervorosamente os cristãos e usou muitas crianças para "delatarem informalmente" as práticas cristãs de seus pais. Com o fim da guerra coreana, em 1953, aproximadamente 300 mil cristãos desapareceram no Norte. Atualmente, há quatro igrejas na cidade - duas protestantes, uma católica e outra ortodoxa, mas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política. INFELIZMENTE, mão existe um missionário sequer no país. Nas agências missionárias consultadas nessa pesquisa, não consta oficialmente o registro de nenhum envio para aquele país.
A igreja na Coréia do Norte foi onde nasceu o reavivamento coreano, Pyongyang era conhecida como ``Jerusalém do Oriente´´. Mas a maioria dos cristãos fugiu para o sul durante a guerra da coréia ou foi martirizada e as igrejas demolidas. Pouco se sabe sobe a atuação da igreja na Coréia hoje; somente que ela tem sobrevivido em meio a um grande sofrimento.

3- RELATO SOBRE O NÍVEL DE PERSEGUIÇÃO SOFRIDA PELA IGREJA CRISTÃ NO PAÍS.
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos domina dores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confisca dos e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrota dos na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
Ser cristão é perigoso na Coréia do Norte - por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são envia dos para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jongnam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corre dor da morte em Pyongyang. Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coréia do Norte , por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.
Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coréia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coréia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.


4- PARALELO CONCLUSIVO ENTRE A IGREJA PERSEGUIDA E A NOSSA REALIDADE ATUAL.


Em um país como o Brasil, onde se joga comida fora, que tem uma igreja em cada esquina, a literatura evangélica é vendida livremente e é constitucionalmente considerado (pelo menos na teoria) um país laico; deveríamos fazer jus a esses benefícios expandir o evangelho e melhorar o conteúdo de vida social dos brasileiros. Em contra partida a isso, na Coréia do Norte mais de 3 milhões de pessoas já morreram de forme entre 1994 à 2000. O estado estoca alimentos para os militares mas deixa o povo morrer de fome. Muitas pessoas já chegaram a cometer práticas canibalistas para sobreviver. Muitos crentes não tem como sustentar as suas famílias e dependem da provisão diária de Deus através das juntas missionárias que enviam alimentos para algumas igrejas; isso porque o estado permite, pois nada além disso é permitido, Bíblias, folhetos, livros evangélicos e os próprios missionários são barrados e impedidos de cruzar a fronteira. Enquanto isso, nossas igrejas e irmãos estão preocupados com o ar condicionado do gabinete pastoral, cadeiras acolchoadas, templos faraônicos e igrejas de luxo.
A liberdade religiosa no Brasil deveria impulsionar um cristianismo mais vivo e dinâmico, mas não é isso que se tem visto no cenário protestante contemporâneo. Enquanto na Coréia muitos crentes precisam enterrar sua Bíblia no quintal (quando tem uma Bíblia), para não serem presos e torturados pelos repressores coreanos; aqui no Brasil o amor pela palavra tem esfriado. Muitas igrejas fecharam suas escolas bíblicas dominicais pois os membros não vão ao culto de estudo bíblico. Um verdadeiro mercado de Bíblias para todos os gostos, mas um profundo desapego a palavra. Alguns chegam clamar por uma perseguição, será que teremos que passar por isso para valorizar aquilo que nossos irmãos coreanos tanto querem e não podem desfrutar?


5- SUGESTÕES PARA AUXÍLIO À IGREJA NA CORÉIA DO NORTE

a) Existe os meios de comunicação na Coréia que ainda abrem pequenas brechas para a pregação do evangelho devido a liberdade de impressa (embora que seja muito pouca). Profissionais formados em comunicação tem livre acesso a esse país, essa é uma forma de ajudar a levar conforto aos corações dos irmãos que estão desfalecendo devido as perseguições.
b) Outra brecha encontrada para se entrar na Coréia, é através da China. Os homens de negócios oriundos da China, tem livre acesso ao país, a Coréia permite os Chineses entraram para aumentar as fontes de capitação de recursos. Assim, uma da formas de levar ajuda à igreja desse país é investir e missionários chineses, visto que os chineses são bem visto nesse país e não são incomodados nem interceptados no aeroporto nem os seus vistos são negados. É muito difícil até revistarem a bagagem de um passageiro que seja da china.
c) Envio de alimento através da ONU, visto que essa é uma das poucos formas oficiais de se introduzir alguma coisa nesse país para os irmãos necessitados.
d) Usar a linhas telefônicas próprias para promover acompanhamento espiritual e psicológico aos irmãos que sofrem perseguição. Já é usado esse método neste país, mais ainda é muito fácil dos militares interceptarem essas ligações, visto que os telefones usados são públicos e as ligações não tem sigilo algum. Só a igreja tendo no mínimo 2 telefones particulares por áreas onde as igrejas estão instaladas, ajudariam os membros a se ajudarem por meio da conversa e cultos diários pelos telefones.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOHNSTONE, Patrick; MANDRYK, Jason. Intercessão Mundial. Camanducaia: Horizontes, 2003.

TUCKER, A. Ruth. Até os Confins da Terra. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986

http://www.jmm.org.br/index.php
http://www.portasabertas.org.br/paises/
http://www.jocumponta.com.br
Enciclopédia eletrônica Wikipédia

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