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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fatores da Pós-modernidade que contribuem para a falta de espiritualidade na igreja. Parte 4 - Por Erick Newman.

PRAGMATISMO

Pragmatismo é a noção de que o significado ou o valor é determinado pelas consequências práticas. É muito similar ao utilitarismo, a crença de que a utilidade estabelece o padrão para aquilo que é bom. Para um pragmatista/utilitarista, se uma determinada técnica ou um curso de ação resulta no efeito desejado, a utilização de tal recurso é válida. Se parece não produzir resultados, então não tem valor. O pragmatismo como filosofia foi desenvolvido e popularizado pelo filósofo William James, junto com outros intelectuais famosos como John Dewey e George Santayna. Foi William James que deu nome e molde à nova filosofia. Em 1907, ele publicou uma coleção de preleções intitulada “Pragmatismo: Uma Nova Nomenclatura para Algumas Velhas Formas de Pensar”. Assim, delineou uma nova abordagem para a verdade e a vida.
O pragmatismo tem suas raízes do darwinismo e no humanismo secular. É inerentemente relativista, rejeitando a noção dos absolutos - certo e errado, bem e mal, verdadeiro e falso. Em última análise, o pragmatismo define a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico. As idéias que não parecem úteis ou relevantes são rejeitadas como sendo falsas. Segundo Nietzsche (2003), o mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações. O que há de errado com o pragmatismo? Afinal de contas, o bom senso não requer uma dose de pragmatismo legítimo? Se o medicamento receitado por um médico tem efeitos colaterais, ou se não produz o resultado esperado, é necessário solicitar-lhe um remédio que funcione. Esse é um bom exemplo de uma simples realidade pragmática que é, por si, óbvia.
Quando o pragmatismo, entretanto, é utilizado para a igreja formular juízo acerca do certo e do errado ou quando se torna a filosofia norteadora da vida dos irmãos de uma comunidade, a teologia acaba, inevitavelmente, colidindo com as Escrituras. A verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que "funciona" ou no que "não funciona". Sabemos, por intermédio das próprias Escrituras, que o evangelho frequentemente não produz uma resposta positiva (I Co. 1.22-23 e 2.14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes (Mt. 24.23-24; II Co. 4.3-4).
Os crentes da magnífica cidade de Corinto também embarcaram em uma espécie de pragmatismo incipiente. Quantas experiências espirituais os crentes daquela cidade realizaram e transformaram em doutrina devido a esse modo de pensar? Por exemplo, os partidos dentro da igreja. Se o partidarismo era visto como uma forma correta de se viver na igreja e se era certo segundo a visão daqueles crentes, então deveria ser praticado e aceito.
O pragmatismo diz: o que dá certo? Como dá certo? Ele não tem compromisso com a verdade, mas com resultados positivos. Portanto, essa prática também contribuía para a falta de espiritualidade dos membros da arrogante igreja de Corinto.

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